Do Livro do Desassossego, de Bernardo Soares:
” Penso às vezes, com um deleite triste, que se um dia, num futuro a que eu já não pertença, estas frases, que escrevo, durarem com louvor, eu terei enfim a gente que me compreenda, os meus, a família verdadeira, para nela nascer e ser amado.”
E a minha resposta, postada no O Filosofo, Instagran, em https://www.instagram.com/p/CHEk2apDgXt/

Não as frases que escrevo, mas estas mesmas frases sendo obrigadas a serem escritas pelas forças da realidade natural como expressão da voz da Natureza finalmente assumindo seu trono, nisso reside meu deleite. Desconstruir toda a verborreia desta cultura de 15.000 anos que veio distanciando o humano de sua natureza criadora através de uma nova reinterpretação de todos os fenômenos naturais, é hoje, escrever antecipadamente o que a Natureza escreverá amanhã.